quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O ATO E O FATO.


Brasilino Neto
Inacreditável ou indecente

Na matéria da semana anterior já havia me valido da expressão “indecente” em seu título e agora novamente me vejo obrigado ao repeteco.

Já havia escrito matéria diversa para publicação, porém, por estarmos em “tempos de vacas magras” e considerar este assunto de maior relevância a postergo para a próxima semana.

Eis a questão que me suscita usar a expressão “inacreditável ou indecente”: Por fazer uso de dois medicamentos genéricos com princípios ativos do “atenolol” e “besilato de anlodipino” cuidei de fazer a pesquisa em duas farmácias situadas “quadrilátero dos medicamentos”, pois todas estão cerca 10 metros uma da outra.

Na primeira drogaria que consultei a atendente com ar de boa pessoa, de complacência com minha necessidade em tomar medicamentos contínuos disse com a maior serenidade e segurança, de que ambos com estes princípios estavam em oferta dizendo: o “atenolol” custa x reais, mas com o desconto pela oferta está por R$ 8,22 e o do “besilato de anlodipino” de x reais está por R$ 22,44. O senhor vai levar?

De inicio achei interessante a proposta do preço maior e concessão de substancioso desconto, mas depois raciocinei (quem pensa que não faço isto se equivoca): Não é possível que me conceda desconto de cerca de 30%, mesmo sem pedido”, o que depois me fez concluir que aquele jeitinho meigo e cuidadoso da atendente, como diz o ditado popular era “uma conversa para levar gato para tomar banho”.

Ali na mesma Avenida Manoel Inocêncio, caminhei 10 metros e em outra drogaria fiz nova cotação, ouvindo a mesma conversa: “estes medicamentos estão em oferta.”

Surpresa total, o que me impõe repetir o uso da palavra indecente, pois nesta os medicamentos genéricos cotados, com os mesmos princípios ativos e quantidades de comprimidos na embalagem estavam R$ 2,50 o “atenolol” e R$ 14,98 o “besilato de anlodipino”. Adquiri quatro embalagens de cada um deles.

Então vejamos: na primeira cotação teria gasto R$ 122,64, enquanto que na segunda gastei R$ 69,92, ou seja, por 10 metros de caminhada uma economia de R$ 52,72, o que representa uma diferença de 43%, o que faz com que a situação se torne inacreditável ou indecente.

Trago aqui esta matéria procurando despertar o efetivo interesse de pesquisa de preços, sobretudo de modo a colocar a drogaria que teve aquela “conversinha de levar gato para tomar banho” a rever a relação com seus clientes, bem cuidando não somente do atendimento, mas especialmente para lhes proporcionar conforto e economia nas aquisições, principalmente entendendo que ocorrem por necessidade e não luxo.

Eis então a palavra final: Qualquer que seja a aquisição que vá fazer pesquise, notadamente se se tratar de medicamentos, pois em Caçapava muitas das drogarias não distam 20 metros uma da outra.

(quem quiser saber “in box no Facebook” informo as drogarias mencionadas neste texto).

Um comentário:

Miriaklos disse...

Como diz um jornalista: Isto é uma vergonha!