sábado, 22 de agosto de 2015

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
MERA COINCIDÊNCIA!

Aproveitando o momento político que o Brasil vive, onde vemos diariamente operações da Policia Federal desbaratando quadrilhas que vilipendiam a coisa pública, em detrimento de um povo ordeiro e trabalhador como é o brasileiro.

Trazemos um texto do livro Médico de Homens e de Almas, de Taylor Caldwell, que faz com que pensemos no momento que o Brasil vive, quando o assunto, especialmente, é corrupção, demonstrando que nossos políticos pretendem desfocar a crise em que vivemos, decorrente da falta de credibilidade que nos geraram e, o que é pior, a perda da esperança de que um dia este país seja melhor, tendo como objetivo principal o bem estar de seu povo.

Lamentavelmente estas coisas de desinteresse dos políticos pelo povo já vem de longe, como a retratada na Carta que o Tribuno Romano DIODORO escreve para LUCANO, de Roma para a Alexandria no ano 423 a.C, quando assim narra a situação existente em Roma:

Nossos políticos preferem a serenidade a conversas sobre seus interesse particulares às sérias reflexões sobre o estado de nosso país.

A maioria deles preferem sentar-se pelas tardes em seus terraços, com um copo de vinho nas mãos, discutindo com os amigos os diagramas das futuras campanhas políticas. Que entendem eles dos problemas da vida em tendas, das longas e ardentes caminhadas, das lutas pela vida, dos problemas de seu povo?

Mas logo que há qualquer arruaça entre o populacho, são os senadores os primeiros que clamam pela presença dos pretorianos e das legiões. Precisam que os soldados os protejam.

No entretempo, enquanto não estão se dirigindo a seus próprios companheiros políticos, a propósito de coisas fúteis, banhos públicos, de mais circos e de mais habitações gratuitas, mas comida gratuita para a turma que detesta o trabalho, vigiam furtivamente negócios tais como a confecção de uniformes, fábricas de armas, de cobertores e de tecidos, ou ajudam a dar subsídios para parentes que estão em tais negócios, quando não atiram os contratos do governo em sua direção, e alguns saqueiam o Tesouro.

Nossas Câmaras tornaram-se organizações fechadas em nome de um bem-estar geral, e que tem como séquito uma população composta de barrigas esfaimadas e ladrões ávidos.

O destino de Roma, o destino dos contribuintes desesperados, nada é para eles. Que a dívida pública cresça! Que a classe média seja esmagada até morrer sob taxas, extorsões e explorações. Por que criaram os deuses a classe média senão para servir de boi de tiro para os políticos seguido as multidões vorazes?

Nestas condições, um homem honesto, um homem que trabalha e honra a cidade de Roma e a Constituição da República não é apenas um tolo? É um indivíduo suspeito. Manda-se lhe, por estas suas condições o coletor de taxas, para novos assaltos! Estará este justo pagando fielmente sua cota de imposto?

Existem outros grupos de políticos Romanos que convencem seus pares para que mandem pessoas ao Egito para estudar as pirâmides e seus mistérios, uma vez que eles são necessários para traçar o futuro de nosso povo. Que o grupo escolhido dirigiu-se para aquele País acompanhados de seus convidados, e de todo um séquito de bonitas senhoras, pretorianos para suas seguranças, atores e muitos outros convidados, e tudo pago pelo Tesouro.

Voltaram deste “estudo” com simples notícias que, se quisessem, poderiam ter sido feitas por nosso procônsul do Cairo, pelo custo de um só mensageiro ou de um navio de carreira regular."

Caros Leitores, ante esta situação como vemos perdura desde a Roma antiga, o berço de nossa civilização, há 423 anos a.C, o que podemos nós esperar para que ocorra uma mudança radical em nossas vidas, pois se assim não for, as semelhanças de nosso dia-a-dia com a carta de DIODORO em Roma para LUCANO na Alexandria, não é de mera coincidência, mas sim um fato.

Devemos, no mínimo, acreditar que somos capazes, por meio de um voto consciente, não permitindo a troca dele por nada, nem mesmo em nome da amizade, e do acompanhamento do cotidiano de nossos eleitos pois, somente assim imporemos mudanças fundamentais não somente em nossas vidas, mas, sobretudo em nossas esperanças hoje bastante debilitada.

Meditemos!

Um comentário:

Paulo L. disse...

Dez ! Brasa.