Será julgado em 5 de junho, na Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, o processo de extradição do mensaleiro Henrique Pizzolato. O Brasil se equipa para a audiência. Numa providência inédita, contratou uma banca advocatícia italiana. E enviará dois procuradores da República.
Condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzotalo teve a prisão decretada em novembro de 2013. Com dupla cidadania, fugiu para a Itália. Foi preso há três meses, numa operação que envolveu a Interpol e a polícia italiana.
Relator do processo do mensalão, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, delegou à Procuradoria Geral da República a tarefa de coordenar o esforço para obter a extradição de Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. A pedido do procurador-geral Rodrigo Janot, o Estado brasileiro contratou a banca advocatícia Studio Gentiloni Silveri – Diritto Penale, de Roma.
O contrato foi firmado por meio da Advocacia-Geral da União. É a primeira vez que o Brasil busca assessoramento local num caso de extradição. Participarão da empreitada, de resto, dois procuradores da República, que viajarão à Itália por ordem de Janot: Vladimir Aras e Eduardo Pelella.
Aras e Pelella já estiveram em Roma e Bolonha no mês de fevereiro. Nas pegadas da prisão de Pizzolato, reuniram-se com autoridades italianas. Atribui-se a esse esforço o fato de a prisão de Pizzolato não ter sido relaxada.
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