Como criança em festa infantil, João Paulo Cunha divertia-se nos últimos dias enchendo o balão para ver se arrebentava. Parecia decidido a descobrir o ponto exato que antecedia o pipocar do balão. Ao requerer à Justiça autorização para deixar a cadeia durante o dia e “trabalhar” na Câmara, o presidiário petista ficara a um sopro do estrondo.
Antevendo o pior, operadores políticos de Dilma Rousseff entraram em cena para evitar o último hálito. Companheiros do próprio PT fizeram ver a João Paulo que o balão não estouraria senão na sua cara.
Súbito, o preso se deu conta de que, ao esquecer de maneirar, desafiara a capacidade do saco nacional de suportar a desfaçatez. Percebendo que já enchera o bastante, João Paulo Cunha renunciou ao mandato de deputado. Parou de soprar.
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