O Itamaraty remeteu à Itália nesta quarta-feira (26) o pedido de extradição do mensaleiro condenado Henrique Pizzolato. Devidamente traduzido para o idioma local, a peça foi endereçada à embaixada brasileira em Roma, que se encarregará de levá-la ao Ministétio da Justiça italiano.
Pizzolato possui dupla cidadania. É brasileiro e, em função da descendência, também italiano. Formulado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, o pedido de extradição sustenta que o tratado firmado entre Brasil e Itália em 1989 não proíbe a extradição de nacionais. O texto menciona a hipótese de recusa como algo facultativo.
Janot acrescenta que, embora a Constituição brasileira não preveja a extradição de brasileiros, a Itália pode relevar a falta de reciprocidade já que o ítalo-brasileiro Pizzolato será enviado ao Brasil, onde também é um nacional. Resta agora rezar para que as autoridades italianas não cultivem o sentimento da vingança.
Ou, por outra, reze-se para que os italianos sejam vingativos. Talvez concluam que a melhor maneira de dar o troco pelo refúgio que o governo petista concedeu a Cesare Battisti seja enviando o petista Pizzolato para o sistema prisional brasileiro.
Por Josias de Souza
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