sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PGR reafirma: Dirceu e comparsas são quadrilheiros, sim.


A defesa dos mensaleiros, por certo muitíssimo bem paga, tenta embrulhar o STF dizendo que Dirceu, Delúbio e Genoíno não são quadrilheiros. Ora, como o procurador anterior demonstrou, Dirceu é o "chefe da quadrilha". Janot o honrou, dizendo que a formação de quadrilha está claramente demonstrada. 

Que os ministros novatos, Luiz Roberto Barroso e Teori Zavascki, não caiam no conto dos tais "embargos infringentes", essa jabuticaba:

Na retomada do julgamento dos últimos recursos do mensalão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta quinta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a condenação imposta a cinco mensaleiros pelo crime de formação de quadrilha. Ele sustentou que, ao contrário do que alegam as defesas dos condenados, a união de políticos, empresários e banqueiros não foi eventual, e sim “estável” e formada para a prática de crimes. “Não houve banalização do crime de formação de quadrilha. Pela prova colhida, está demonstrada essa associação estável inclusive para a prática de delitos”, disse.

Da tribuna, os advogados do trio petista José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares tentaram retomar a tese, amplamente alardeada pela militância do partido, de que a reunião dos condenados não foi criminosa – e, sim, fruto da criação do PT, em 1980. “Não houve jamais formação de quadrilha. Em 1980, houve a criação de um partido político, que, em 2002, construiu um projeto para esse país, projeto até hoje vencedor, apesar de tudo e todos que detrataram o governo, a partir de Roberto Jefferson, um mentiroso compulsivo quer engendrou a maior farsa da história política brasileira”, disse o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor de Genoino. 

Em sua manifestação, o advogado também tentou esvaziar a tese da existência do mensalão justificando que, mesmo após o estouro do escândalo, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, conseguiram sair vitoriosos nas eleições. “O nosso povo quer ser comandado por quadrilheiros? Penso que não. Penso que o tribunal incorreu em grande equívoco [ao condenar os petistas por quadrilha]”, afirmou.

Janot também pediu que o Supremo rejeite os embargos infringentes apresentados pelos ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado. (Continua).

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