O Brasil, apesar de todas as possibilidades que tivemos nestes últimos anos, continua a patinar praticamente em todos os setores de governo. Para qualquer lado que o leitor olhar ou analisar, verá que sempre estamos mal arrumados. Faço uma pergunta: qual setor da vida brasileira está organizado e em pleno funcionamento, sem apresentar problemas? Não haverá resposta. As razões de tudo isso estar acontecendo podem ter sua fonte em várias raízes. Pode ser por incapacidade gerencial, falta de comando da administração, foco do governo exclusivamente em manutenção de Poder, serventia governamental na distribuição de cargos aos partidos como forma de evitar riscos ao seu conforto em governar sem oposição, e por aí vai ou pode ser tudo ao mesmo tempo.
A verdade clara dos fatos é que o governo não governa, não tem rumo nem prumo e vive de mentiras e enganações em suas atitudes e ações. Nada se realiza, nada se finaliza e após 13 anos de governo não existe uma única grande obra terminada, e mais, está repassando à iniciativa privada as obrigações de alguns melhoramentos aos brasileiros sendo que estas atitudes foram obrigatoriamente impulsionadas pelo advento eleitoral de outubro. Até lá faz distribuição de mais algumas benesses de impacto na grande massa de analfabetos e analfabetos funcionais, como por exemplo, o aumento do limite do cartão de compras do Minha Casa Melhor. O “povão tá” na espera, sabe que a compra do voto vem, é segura.
Com apenas cerca de 4% de sua população com curso superior completo, não há Nação no mundo que se desenvolva de forma sustentável. Não sei se por gentileza ou outra cortesia qualquer, o mundo desenvolvido aceitou o Brasil por todos esses anos como País em grande fase de desenvolvimento. No início desses 13 anos, aproveitando da maré boa, até que se descortinava um grande futuro. Este desandou e a cada ano apenas parecia que estava em ascensão. Parecia!… Disfarçada na distribuição de dinheiro via programas sociais que em nada fazia crescer a capacidade produtiva e de trabalho. A massa de dinheiro externo que entrava tinha maior direcionamento na especulação. Até mesmo os IED – Investimentos Diretos Estrangeiros, era uma forma enganosa para consumir o suor do trabalhador brasileiro.
Aos poucos o Brasil se viu com sua infraestrutura esfacelada trazendo altos custos à produção nacional. Investimentos em empresas fizeram do BNDES um investidor em empresas quebradas e deixar de lado a sua vocação de fomento, e o pior de tudo, se tornou mero repassador do dinheiro do Tesouro Nacional. Não se tem notícia no mundo de um Banco que empresta a juro menor do que capta. Isso só foi possível pela desqualificação dos seus dirigentes e equipe do governo federal. Nada vingou dessa montanha de dinheiro dado a Eikes Battistas da vida. Esse processo sanguessuga tem como maior fonte a Petrobras, hoje em risco de quebra principalmente com a expansão da exploração de petróleo dos Estados Unidos o que o torna auto suficiente e reduz drasticamente a compra do Brasil. O Pré Sal já está se tornando um rio que passou pela nossa vida e o coração brasileiro se deixou levar. Nessa toada e com essa visão, nunca teremos autosuficiência.
Demorou, mas o mundo começou a descobrir que nossa economia foi mantida no “crédito deleite”. É o crédito que estimula falsas alegrias e conforto e, também, desenvolvimento. A mobília que ainda está com grosso carnê para pagar já está em processo de desmanche. O carro comprado a perder de vista, internamente é uma sinfonia de barulhos. As casas dos programas sociais com vários desenhos decorativos de rachaduras. Os computadores com 60 meses para pagar já não aceitam novas configurações e se tornaram sucatas. Na Educação forçam o número de matrículas e o aprendizado a qualquer custo para oferecer números de escolas e alunos. Promovem avalanches de universidades a qualquer preço como se bastasse para dar ao Brasil sua evolução profissional e técnica. Milhares de profissionais despreparados são jogados no mercado todos os anos. Temos 13 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. Nosso desemprego é maquiado pelo IBGE que não considera desempregados os “desalentados” (16,8 milhões), os Bolsa Família e os que procuraram emprego nos últimos 30 dias antes da pesquisa. Somos, na realidade, uma mentira, isso é difícil de entender.
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