Uma hora os interesses da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do governo brasileiro iriam se chocar em meio aos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Demorou, mas aconteceu no sábado 30. O jornalista Ricardo Perrone informou em seu blog que a presidente Dilma Rousseff se irritou com o tratamento dado pelo Comitê Organizador Local (COL) e pela Fifa aos jornalistas que fazem a cobertura diária no Palácio do Planalto. Na hora de conceder as credenciais, Rede Record, do bispo Edir Macedo, e SBT ficaram de fora por questões contratuais com a Rede Globo, de Roberto Irineu Marinho.
Segundo o COL, havia limitação de espaço, o prazo para a concessão de credenciamento havia terminado e a Globo tinha exclusividade pela transmissão da solenidade, organizada pela Geo Eventos, sócia da Globo. A conduta foi interpretada pela presidente como uma retaliação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, contra a Record, que vem exibindo uma série de denúncias sobre o cartola.
Como retaliação da retaliação, o Planalto agendou para a última sexta-feira, véspera do sorteio das chaves, uma entrevista com Pelé no Museu de Arte Moderna do Rio, um terreno neutro, que todas as emissoras puderam frequentar. A alegação foi a de que a Presidência precisa garantir o mesmo direito a todos, ainda que o COL e a Fifa tenham o direito de escolher seus parceiros.
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