Josias de Souza
Os cofres públicos estariam livres de muitos ataques se os responsáveis pelo manuseio das chaves adotassem uma máxima simples: na dúvida, faça o contrário.
Ex-diretora de Itaipu, Gleisi Hoffmann recebeu tratamento e verbas de demitida ao pedir demissão.
Seguindo a máxima do “faça o contrário”, a estatal não teria liberado a grana e a ministra não a teria embolsado.
Como o bom senso foi negligenciado, Gleisi tornou-se devedora de explicações e Itaipu credora de ressarcimento.
Levada às manchetes de ponta-cabeça, a chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff inovou: transformou o procurador-geral em consultor-pessoal.
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- De Gleisi para o PGR: Em carta enviada ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Gleisi Hoffmann pergunta se foi lesiva ao erário a operação que lhe permitiu receber R$ 41 mil de multa ao deixar a diretoria de Itaipu, em 2006, para concorrer pela primeira vez ao Senado pelo Paraná.
O valor, equivalente a 40% do saldo de seu Fundo de Garantia à época, foi liberado embora a petista tenha saído da empresa por iniciativa própria.
Na consulta endereçado ao PGR, a ministra da Casa Civil se declara disposta a devolver o dinheiro, se o Ministério Público entender que houve prejuízo aos cofres públicos. Nesse caso, ela pede ainda que se defina o índice de correção para a restituição.
- Vacina: Com a medida, Gleisi se antecipa à bancada do PSDB na Câmara, que na próxima semana entrará com representação na Procuradoria-Geral acusando a ministra de ter se beneficiado de pagamento indevido.
Para o líder tucano, Duarte Nogueira, a prática configuraria improbidade e peculato.
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