Folha de S. Paulo
Estudos de viabilidade malfeitos estão resultando em obras públicas que já
custam mais que o dobro do preço previsto e que poderão gerar prejuízo de cerca
de R$ 200 milhões.
O enredo é semelhante ao da crise nos Transportes. Mas o órgão é outro:
Furnas Centrais Elétricas.
Índicios de irregularidades em obras da estatal motivaram semana passada a
troca de três diretores.
As mudanças, feitas com a anuência da presidente Dilma Rousseff, desalojaram
dois dos três partidos aliados que comandavam diretorias em Furnas: PMDB e
PR.
A estatal está construindo com recursos próprios duas hidrelétricas: Batalha
e Simplício. Em ambas, o TCU (Tribunal de Contas da União) já apontou indícios
de superfaturamento.
O estudo de viabilidade de Batalha (na divisa entre MG e GO) orçava a obra em
R$ 460 milhões. O valor pulou para R$ 868 milhões e, segundo dados da própria
empresa, está em quase R$ 1 bilhão.
A obra tem atraso de quase dois anos, que deve se estender por mais dois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário