Estadão
No momento em que a presidente Dilma Rousseff ministrava uma aula inaugural no
curso de Medicina da Universidade Estadual de Pernambuco, professores e alunos
do campus de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, a cinco
quilômetros dali, anunciavam, na terça-feira, 30, que a instituição, lançada
pelo governo Lula como pioneira na interiorização do ensino superior do País,
"está em coma profundo, na UTI, precisando de uma junta médica para salvá-la".
Esgoto a céu aberto, falta de professores e servidores, de salas de aula, de
laboratórios, de segurança, de ônibus, de água, alunos trabalhando como
funcionários, hospital veterinário fantasma - tudo podia ser visto por quem
visitasse a universidade.
A aula inaugural para alunos de Agronomia estava sendo dada, na terça-feira,
no auditório - com cadeiras empilhadas -, por falta de sala. "A dificuldade é
tão grande para entrar aqui e, quando chegamos, vemos que a dificuldade é ainda
maior para sair aprendendo alguma coisa", resumiu o calouro Hugo Amadeu. "Ela
(Dilma) vai atender a um curso de elite e aqui falta laboratório", emendou Lucas
Albuquerque.
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