Vinte dias depois do início do BBB11, talvez o mais sem graça e sem rumo até hoje, o diretor Boninho foi obrigado a pisar no acelerador na tentativa de reinventar o programa. Quem assistiu o reality nos últimos dias teve a sensação de que ele recomeçou do zero.
De surpresa, o diretor convocou um paredão duplo na sexta-feira, entupiu os participantes de vodca e energético no sábado e introduziu dois novos jogadores na casa no domingo.
De quebra, foi obrigado a chamar médicos para socorrer duas candidatas, uma em coma alcoólico, na madrugada de domingo, outra com convulsão, no final da manhã.
No domingo à noite, sem maiores explicações, o programa exibiu, numa sequência vertiginosa, a eliminação de um casal, Michelly e Rodrigo, a prova para escolher um novo líder, a votação para formar um novo paredão e, quando parecia impossível ainda ocorrer algo, aos 44 minutos do segundo tempo, a entrada de Adriana e Wesley na casa.
Nos inúmeros recados em forma de discursos de Pedro Bial e na febril atividade do diretor no Twitter, nestes 20 dias, ficou clara a decepção de ambos com a performance dos candidatos escolhidos para o BBB11.
“O castigo é para todo mundo”, observou Jaqueline, no sábado, comentando a punição a que Michelly e Janaína foram submetidas – bater tampas de panela – durante toda a madrugada anterior.
Castigo? Punição? Será possível pensar que a chegada de dois novos participantes tem mais a ver com a frustração provocada pela turma inicial do que com o desejo de surpreender?
Nem todo mundo pode ter se dado conta da aceleração do ritmo. Mas, por mais distraído que sejam os espectadores, não deve ter escapado a ninguém que a nova dupla tem perfil muito semelhante à que acaba de ser eliminada. O que podem acrescentar uma mulher bonita e um médico musculoso ao rol já confinado?
Para piorar, Boninho está trabalhando monitorado pelo Ministério Público, sob pressão, obrigado a controlar o nível de baixaria do programa.
Na madrugada de domingo, animado com os efeitos do coquetel alcoólico que ofereceu aos candidatos, escreveu: “Vão me dar trabalho pra editar, mas quer saber... Foda-se a censura!”
Mais uma bravata. De fato, quem não assistiu a festa no “pay per view” não teve a chance de ver, na edição de domingo, o DJ e apresentador André Marques levar a mão de Natalia a seu órgão genital ou retribuir o gesto com o seu próprio dedo. Também não viu Michelly, bêbada, desmaiar e ser socorrida por médicos. Ou Rodrigão, também entupido de bebida, chorar e vomitar.
por MAURICIO STYCER
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