Vale do Paraíba

Museu de carros sofre com o abandono em Caçapava

Raridades do automobilismo perdem o brilho e viram sucata

Tombado pelo Patrimônio Histórico, o Museu do Automóvel de Caçapava passa por um triste momento. Alvo de vândalos, as relíquias no espaço estão depredadas.

Agora, a prefeitura quer recuperar o que sobrou do acervo e devolver ao público pelo menos parte dessa história.

O local que está hoje abandonado, já abrigou um dos maiores acervos de carros antigos da América Latina. Em 1982, quando foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, eram 97 carros. Hoje são apenas 27 em péssimo estado.

Marcelo Bellato é colecionador e vê com tristeza tantas relíquias tratadas como lixo. “Eu fui criado em Caçapava e na década de 1970 meu pai sempre me trazia aqui e então eu lembro muito desses carros. A gente fazia visita com a escola e entristece, porque o estado aqui era lindo, era maravilhoso”, relembra o colecionador.

Para quem é amante de automobilismo, o lugar tem peças valiosas como um Maverick 1973 (foto ao lado), que foi fabricado e participou apenas de uma competição. Chegou ao museu em perfeito estado, quase ‘zero quilômetro’.

Sobrou pouco de um carro que deveria estar praticamente intocado. A ação do tempo e, principalmente, as mãos do homem destruíram também um Alfa Romeo de 1934, um Cadilac e até uma ambulância usada na primeira guerra mundial.

O Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas faz parte da história de Caçapava. Foi criado por Roberto Lee, casado com uma herdeira da tradicional família Matarazzo. Depois da morte do empresário, em 1975, entrou em fase de abandono.

No dia dez de janeiro (2011), os proprietários doaram o que sobrou do acervo para a Prefeitura de Caçapava. Por segurança, os carros foram levados para o Centro Cultural da Cidade. O desejo agora é devolver ao público pelo menos parte dessa história tão depenada.

“A ideia é transformarmos esse espaço no primeiro centro cultural para prática do antigomobilismo do Brasil. Com instrumentos capazes de gerar, nas futuras gerações, esse conhecimento prévio do que foi a indústria do automobilismo no Brasil”, informou o secretário de cultura de Caçapava, Fabrício Corrêa.

Sobre a reabertura do novo espaço do museu, o secretário não deu um prazo para isso acontecer.

Exame prova lesão na cabeça de cadeirante agredido em SP

O exame de corpo de delito a que se submeteu o advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini, agredido na semana passada por um delegado em São José dos Campos (SP), apontou que as lesões na cabeça e no rosto foram provocadas por um 'objeto contundente.'

De acordo com o corregedor da Polícia Civil no Vale do Paraíba, Antonio Alvaro Sá de Toledo, não é possível saber, por meio do exame, se as lesões foram provocadas pela coronha de um revólver, como afirmam Morandini e testemunhas da agressão.

Toledo disse, porém, que as provas já levantadas são suficientes para descartar a hipótese de que o próprio cadeirante tenha provocado os ferimentos.