sábado, 22 de janeiro de 2011

O que rola na região

Cadeirante agredido presta depoimento na OAB de São José

Advogado confirma versão que delegado usou arma para intimidá-lo após reclamar de uma vaga no estacionamento

O cadeirante que denunciou ter sido agredido por um delegado, em São José dos Campos, prestou depoimento à Corregedoria da Polícia Civil na manhã dessa sexta-feira (21). Ele manteve a versão de que foi intimidado com uma arma. O delegado está afastado do cargo até que a investigação seja concluída.

A sede da OAB em São José dos Campos foi o lugar escolhido para Anatole Morandini prestar o depoimento. "Estou muito triste, me senti desrespeitado, ou seja, humilhado, com a dignidade ferida", lamentou o advogado. Anatole afirma que foi agredido ao reclamar que a vaga para deficientes estava ocupada pelo delegado Damásio Marino que não tem qualquer problema de locomoção.

Antes de falar ao corregedor da Polícia Civil, o cadeirante teve uma reunião com a comissão de prerrogativas da OAB. "Aqui é um ambiente em que ele [Anatole] se sente seguro para expor com detalhes todos os fatos de todas as circunstâncias daquele momento", disse o presidente da OAB de São José dos Campos, Júlio Costa Rocha.

Segundo o presidente da comissão, Zacarias Martins, a Ordem dos Advogados do Brasil "é como se fosse um ministério público para o advogado. Ela protege os interesses do advogado. Ela protege o advogado contra as injustiças em problemas ocorridos contra autoridades", informou.

Outra versão

O cadeirante mostrou as marcas na cabeça, no rosto e na camiseta que usava. A defesa do delegado negou que ele tenha usado arma. "Ele [Damasio] não utilizou de arma alguma contra esse advogado. Ele só deu dois tapas no rosto", confessou o advogado de defesa, Luiz Antônio Lourenço da Silva.

Nessa sexta-feira (21) a Secretaria de Segurança Pública afastou Damasio Marino. O delegado prestou depoimento à corregedoria da Polícia Civil. A corregedoria ouviu também cinco testemunhas. Agora, além do depoimento de Anatole colhido na OAB, a polícia aguarda o laudo do exame feito no advogado no dia da agressão. É a prova técnica que vai apontar se ele foi agredido por uma arma.

Quem para em uma vaga reservada para pessoas com deficiências, sem necessidade, perde três pontos na carteira e leva uma multa de R$ 53,00. Segundo a corregedoria de polícia, se ficar comprovado que o delegado Damásio Marino teve culpa, ele pode até ser demitido.

 
Lei que proíbe distribuir sacola plástica entra em vigor em Taubaté

A distribuição de sacolas plásticas feita por supermercados, estabelecimentos comerciais e industriais está proibida em Taubaté. Este é o objetivo da lei, de autoria da vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC), em vigor desde 3 de dezembro de 2010, um ano após a sanção.

A lei veta o uso de embalagens plásticas à base de polietileno, propileno, polipropileno ou matéria-prima equivalente para acondicionamento e entrega aos clientes de gêneros alimentícios, produtos e mercadorias, por estabelecimentos comerciais e industriais de Taubaté, que deverão fornecer sacola oxi-biodegradáveis e ainda incentivar seus clientes a utilizar sacolas retornáveis.

As sacolas plásticas fabricadas à base de polietileno, muito utilizadas para acondicionar lixos residenciais, levam cerca de 500 anos para serem absorvidas pelo ambiente. Antes, entopem bueiros e córregos, causando enchentes, sufocam e matam animais marinhos. Já as sacolas oxi-biodegradáveis são absorvidas em apenas 18 meses, transformando em biomassa, sem prejuízo ao ambiente.

Uma opção na lei de autoria da vereadora do PSC é a sacola reutilizável confeccionada em material resistente ao uso contínuo. “Os fatos confirmam que o cuidado com natureza se torna a cada dia essencial e imprescindível para a manutenção da vida”, explica Maria Teresa

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