sábado, 29 de janeiro de 2011

Região central de Petrópolis é uma bomba relógio

O Globo


Poupada pelas enchentes que devastaram localidades de sete cidades da Região Serrana e provocaram a morte, até agora, de 849 pessoas, a parte central da cidade de Petrópolis é considerada uma bomba-relógio.

Na sexta-feira, pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da UFRJ sobrevoaram os municípios atingidos, constatando que Petrópolis tem áreas de risco densamente ocupadas onde, se tivesse chovido o mesmo volume registrado em outros pontos, a tragédia na serra seria ainda maior.

O sobrevoo é parte do levantamento que visa à elaboração de um documento, a ser entregue aos governos federal e estadual, até o fim da próxima semana, com o que pode ser feito em caráter emergencial e também preventivo.

- É uma contribuição da universidade, semelhante ao que já foi feito após as chuvas em Santa Catarina, em 2008, e em Angra dos Reis, em 2010. É uma posição da Coppe sobre prevenção e medidas emergenciais para se evitar um grande número de vítimas - disse o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.

Para o vice-governador Luiz Fernando Pezão, a avaliação dos pesquisadores da Coppe é corretíssima. Por isso, acrescentou ele, o projeto do governo estadual para a construção de moradias na região tem levado em conta o número de pessoas que precisam ser retiradas das áreas de risco. Um exemplo citado por Pezão é o Vale do Cuiabá, em Itaipava. Lá, são necessários 200 reassentamentos.

Mas o estado vai erguer um total de 1.500 casas em Petrópolis para desocupar áreas de risco.

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