quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

FMI reprova finanças públicas do Brasil

Em relatório, fundo afirma que governo está longe de atingir objetivos


O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta quinta-feira, em Washington, um relatório reprovando as contas públicas do Brasil. "Espera-se agora que o governo não alcance sua meta fiscal (superavit primário da ordem de 3% do Produto Interno Bruto, PIB) por ampla margem", diz o documento 'Monitor de finanças públicas', que detalha projeções para 14 países.

No relatório, o FMI critica a política fiscal adotada pelo governo brasileiro, considerada muito 'relaxada' e com 'excesso de gastos', que acabam pressionando a inflação. Para contornar o problema de preços elevados, o gpverno acaba adotando a política monetária - leia-se aumento de juros.

O alerta acontece na semana posterior à decisão do Banco Central (BC) de elevar a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 10,75% para 11,25% ao ano.

Uma das consequências do juro mais alto, diz o relatório, é a forte atração de capital externo, que leva à valorização do real e, portanto, prejudica as exportações do país.

O Fundo afirma que muitos mercados emergentes devem constituir reservas fiscais maiores, sobretudo diante das entradas de capital, do risco de superaquecimento da economia e da possibilidade de contágio dos países avançados. "Devem resistir às pressões de gastos e economizar os excedentes fiscais em sua totalidade", diz o relatório.

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