O Globo
O analista de RH Saulo Resende já avisou ao pai, atônito com a atuação do
filho no protesto contra a corrupção desta quarta-feira: "Eu não vou parar". Com
outros 40 "amigos" conhecidos na manifestação da avenida Paulista, lançou no
Facebook uma comunidade apartidária para o próximo passo do grupo: uma
manifestação nacional no feriado de 12 de outubro.
- Meu pai ficou preocupado porque, em sua juventude, nos anos 70, viu o que
ocorreu a quem protestava. Mas hoje o país está diferente.
Diferente mesmo: as manifestações são organizadas pelas redes sociais e só
depois ganham as ruas. De volta à frente dos computadores, os jovens arquitetam
novos atos para fortalecer o movimento.
Entre os organizadores, estão estudantes, profissionais liberais e grupos
impensáveis em uma mesma mesa: a ala jovem da maçonaria e os hackers do grupo
Anonymous, que apavoraram as autoridades abrindo caixas de email.
Os organizadores partem de grupos diferentes, como os "caras pintadas" e os
jovens do "Dia do Basta". Tintas coloridas para alguns, máscara do personagem
anárquico "V" para outros e cartazes de protesto para todos.
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