A Controladoria Geral da União (CGU) encontrou 66 irregularidades em 17 processos analisados no Ministério dos Transportes, em auditoria realizada após denúncias de corrupção na pasta, em julho deste ano.
A CGU informou que sete Processos Administrativos Disciplinares já estão em curso, bem como uma Sindicância Patrimonial e uma Sindicância Investigativa, que envolve mais de 30 servidores e ex-dirigentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Valec, que é uma estatal de ferrovias, e do Ministério dos Transportes. De acordo com o órgão, os processos disciplinares permitem a aplicação das penalidades previstas em lei, que não dependem do poder Judiciário.
O relatório de auditoria vai ser encaminhado para o Ministério dos Trasnportes, Dnit e Valec, Casa Civil da Presidência, Ministério Público, TCU, AGU, Polícia Federal e Comissão de Ética Pública.
O CGU disse ter encontrado irregularidades em contratos que não tinham sido alvo de suspeita, como o do lote 7 da BR-101- Nordeste, que fica em Pernambuco. Foi a obra que registrou o maior número de problemas. O órgão informou que indícios de 14 diferentes tipos de irregularidades foram encontrados, com prejuízo estimado em cerca de R$ 53,8 milhões.
Os principais focos do problema foram falta de projeto executivo, pagamento por serviços não realizados, bem como execução de serviços sem cobertura contratual.
As denúncias culminaram na queda do ex-ministro Alfredo Nascimento, que pediu demissão, e provocaram uma faxina na pasta. Grande parte da cúpula do Dnit e da Valec foram afastados.
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