A Polícia Federal realizou nesta quarta (9) uma devassa de sete horas no Hospital Universitário de Brasília (HUB), para investigar suspeita de roubo das ossadas de dois guerrilheiros do Araguaia, há dois anos. O caso tem contornos macabros: suspeita-se de sabotagem para impedir a localização das ossadas e aumentar a “bolada” da multa diária de R$10 mil, fixada em 2003 pela juíza federal Solange Salgado. A multa, acumulada, já soma R$48 milhões. Corrigida, passa de R$200 milhões.
Militantes da “causa”, familiares dos desaparecidos e até servidores da Secretaria de Direitos Humanos estariam por trás do sumiço dos ossos.
A multa diária foi imposta até que o Estado brasileiro dê conta dos 59 desaparecidos da guerrilha do Araguaia, no conflito com o Exército.
A juíza do caso ficou indignada com a tentativa de se usar a Justiça para lucrar, por isso ordenou a investigação da PF no HUB.
As ossadas sumidas podem ser dos guerrilheiros João Carlos Haas Sobrinho (“Dr. Juca”) e do italiano Giancarlo Castiglia, codinome “Joca”.
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