Um dia depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher o pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef, os movimentos protagonistas dos atos do dia 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto definiram a data de volta às ruas. Segundo Renan Haas, líder do Movimento Brasil Livre (MBL), o objetivo é pressionar o Congresso a abrir com celeridade o processo de impedimento da presidente e mostrar que a pauta vai muito além do embate entre Cunha e Dilma. "É o Brasil contra Dilma", disse ele. Os grupos marcaram a manifestação para o dia 13 de dezembro. Diante do curto período de divulgação, eles já dizem que não esperam o mesmo número de pessoas dos atos anteriores, que chegaram a reunir mais de 2 milhões de pessoas em todo o país. Diz Rogério Chequer, coordenador do Vem pra Rua: "Vai ser um esquenta para uma manifestação maior que ainda não tem data marcada".
Mas os grupo anti-Dilma não serão os únicos a sair às ruas para reivindicar os seus pleitos. No outro lado do front, convocados pelo PT, movimentos como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) conclamaram a militância para impedir o que chamam de "ataque à democracia" e "golpe". Os atos devem ser agendados nos próximos dias. Além da temperatura quente no Congresso, tudo indica que as ruas devem fervilhar nas próximas semanas. (Eduardo Gonçalves, de São Paulo)
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