O deputado Fausto Pinato (PRB-SP) disse nesta quarta-feira (9), ao portal G1, que foi ameaçado de morte e teve que passar a andar com carro blindado e escolta policial. O incidente aconteceu enquanto o deputado preparava relatório para o Conselho de Ética sobre as investigações envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
As primeiras notícias de que Pinato estava sofrendo ameaça surgiram no dia 19 de novembro. No entanto, ele não estava falando sobre o assunto. Nesta quarta-feira, após ser destituído do cargo de relator do processo de Cunha na Comissão de Ética, Pinato falou rapidamente com o G1, visivelmente emocionado ao se referir sobre o assunto.
Segundo Pinato, ele foi ameaçado por "pessoas desconhecidas". "Cheguei a pensar que poderia morrer, sim. Eu fui abordado em aeroporto. Meu motorista foi abordado por pessoas desconhecidas. O que eu passei eu não desejo a ninguém. Me abordaram pedindo para eu pensar na minha família, dizendo que tenho filho pequeno, que tenho família”, disse. “Sofri ameaças, sofri pressão. Contratei segurança. Tenho policial militar dormindo na minha casa. Um amigo emprestou carro blindado. Registrei boletim de ocorrência e protocolei pedido para que o Ministério da Justiça apoiasse as investigações”.
Pinato foi destituído da relatoria do Conselho de Ética pela Mesa Diretora da Câmara, controlada por aliados de Cunha. A manobra adiou pela sexta vez a votação do parecer contras Cunha no conselho.
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