segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Oposição obtém maioria em eleições legislativas na Venezuela


Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, reconhece vitória da oposição (Foto: AFP Photo)

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, anunciou que a aliança opositora MUD ganhou as eleições legislativas com um total de 99 deputados, contra 46 do chavismo.

Com 96,03% das urnas apuradas na Venezuela, a oposição tem apenas uma maioria simples. Ainda há 22 posições a definir. A oposição precisa de mais uma vaga para obter 3/5 do parlamento e 12 para obter 2/3 das posições no Legislativo. É a primeira vez em 16 anos que a oposição sai vitoriosa no Parlamento, desde que foi criado no ano de 2000 após a dissolução do antigo Congresso.

Esta maioria permite à plataforma opositora, em primeiro termo, designar a junta diretiva da Câmara, que tomará posse em 5 de janeiro de 2016.

Entre outras coisas, poderia também aprovar uma lei de anistia que extinga a responsabilidade penal que pesa sobre vários opositores presos, entre eles o líder de Vontade Popular, Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão.

A oposição afirmou que sua vitória nas legislativas com 99 deputados dos 167 cadeiras da nova Assembleia Nacional (AN) representa o “começo da mudança” no país.

“Começou a mudança Venezuela, hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje”, disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, após o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados provisórios com 96,03% dos votos apurados.

Com esta vitória “a agenda da paz reinou, a agenda dos cidadãos se impôs, o voto conseguiu vencer democraticamente um governo que não é democrático”, afirmou o porta-voz da aliança ao fazer a leitura de um comunicado conjunto da plataforma que reúne a maioria dos partidos de oposição.

Torrealba considerou que esta vitória envia uma mensagem ao governo de Nicolás Maduro, porque demonstra que “o povo falou claro, as famílias venezuelanas se cansaram de viver as consequências do fracasso, o povo não tolera nem o mais mínimo desvio dos princípios estabelecidos na constituição”. (G1)

Nenhum comentário: