A oposição venezuelana, que recentemente conquistou nas urnas a maioria na Assembleia Nacional, tentará elaborar uma estratégia para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder até julho de 2016. Em artigo publicado nesta segunda-feira no jornal Nuevo País, Henry Ramos Allup, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD), disse que coalizão opositora quer encontrar "solução constitucional, democrática, pacífica e eleitoral para a mudança do governo".
"O primeiro passo que devemos dar é consolidar o compromisso da liderança opositora, de que Maduro deve sair antes de 2019", quando termina seu mandato, afirmou Allup. O líder opositor detido Leopoldo López já havia comentado sobre a possibilidade na semana passada. "Não podemos esperar as eleições presidenciais do ano de 2019. A mudança política na Venezuela tem data e é o primeiro semestre de 2016", escreveu López em uma conta no Twitter.
No último dia 6 de dezembro, a oposição venezuelana conquistou a "supermaioria" - dois terços dos assentos - na Assembleia Nacional. A vitória histórica representa um revés para a hegemonia chavista após quase 17 anos no poder. Com a maioria absoluta no Parlamento, a coalizão oposicionista Mesa de Unidade Democrática (MUD) poderá promover uma reforma constitucional ou uma assembleia constituinte e até mesmo remover nomes do Judiciário e dos poderes públicos.
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