A inexpressiva CPI do HSBC, instalada em março para investigar a atuação do banco, que acobertou mais de 100.000 contas de brasileiros e estrangeiros, eximindo-os de comprovar a origem dos recursos ou de pagar obrigações fiscais, vai ser sepultada antes do prazo final dos trabalhos por decisão tomada nesta terça pelos próprios senadores. Há quase nove meses eles não tiveram acesso sequer à lista dos correntistas do HSBC que podem ter cometido crime fiscal, o documento mais importante da investigação batizada de Swissleaks. E mais: além de não terem conseguido avançar um milímetro nas investigações, os parlamentares dizem até terem sido vítimas de uma "quase extorsão" do ex-especialista em informática do HSBC Hervé Falciani, que tornou pública a atuação irregular do banco. Falciani tinha prometido ajudar nas investigações, mas segundo avaliação de senadores e de investigadores, o ex-funcionário do HSBC tinha, na verdade, interesse em vender a lista de correntistas à CPI. Os trabalhos da CPI haviam sido prorrogados até 30 de abril depois de Faciani ter se comprometido a auxiliar os trabalhos da comissão, mas agora, por votação simbólica, será encerrada nos próximos dias.
Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário