segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
Até quando?

Faço esta pergunta às autoridades brasileiras, quer municipal, estadual e federal: “Até quando o país, ou seja, seus cidadãos que pagam regularmente os impostos, terão que arcar com o vultoso custo dos acidentes de trânsito? 

E não falo aqui somente do custo financeiro, mas, sobretudo nas perdas de vidas, nos traumas que deixam e todas as demais graves consequências que disto decorrem. 

Isto porque segundo a agência Brasil desta semana, por trabalho editado por Maria Cláudia, cujo texto, por se tratar de números específicos e estatísticos transcrevo integralmente, “cerca de cinco indenizações por minuto foram pagas de janeiro a setembro deste ano para pessoas vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. A Seguradora Líder-DPVAT pagou o seguro por Danos Pessoais por acidente de trânsito para 518.302 pessoas, número que se dividido por hora, em dia útil, corresponde que uma indenização é paga a cada dez segundos no país.

Do total de 518.302 indenizações por acidentes de trânsito no país neste período, 33.251 foram por morte, 409.248 por invalidez permanente e 75.803 por reembolso de despesas médicas e hospitalares. 

Os motociclistas são as principais vítimas que recebem o seguro para acidentes no trânsito, apesar de as motos representarem apenas 27% da frota nacional, 76% das indenizações foram para acidentes envolvendo motocicletas. Do total das indenizações pagas por acidentes com moto, 82% foram para invalidez permanente e 4% para morte.

Segundo o presidente da Seguradora Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, com o crescimento do número de motos na população brasileira, foi verificado, por consequência, um crescimento vertiginoso na frequência de acidentes com motocicleta. “Em acidentes de moto, na maioria das vezes, a pessoa acaba se machucando. Esse tipo de lesão caminha para uma invalidez permanente, porque como o impacto é nos membros inferiores e superiores, e ele acaba perdendo o movimento. Tem havido reduções de ocorrências, mas ainda está longe do que a gente precisa. Ainda é drástico o número. É um número muito alto. É inaceitável”, afirmou. 

No período de janeiro a setembro de 2015 a região Sudeste concentrou a maior incidência dos acidentes com vítimas fatais (37%), com maior participação dos automóveis (48%). A frota de automóveis da região Sudeste representa 55% da frota nacional dessa categoria e a região concentra 49% do total de veículos do Brasil cobertos pelo Seguro DPVAT. 

Confesso que não tenho conhecimento dos números de ocorrência em nossa cidade, mas creio firmemente que se aqui os acidentes não ocorrem é por pura proteção sobrenatural, pois a forma com que nos portamos em nosso trânsito é descabida, pois motoristas trafegando na contramão, ultrapassando sinal vermelho e andando em excesso de velocidade, podemos dizer, ultrapassa os limites mínimos da razoabilidade e da compreensão.

Para esta comprovação basta que se observe 30 minutos no semáforo das confluências da Coronel Alcântara com a Praça Rodrigues Alves (São Roque), especialmente quando via férrea esta fechada, na Tenente Mesquita com a Rafael Citro ou na Capitão Carlos de Moura.

Em arremate: Ou as autoridades tomam providências sérias de fiscalizações e aplicações de multas, que é a única linguagem que entendemos, ou continuaremos a conviver com estes vultosos números, custos e traumas.

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