segunda-feira, 2 de abril de 2012

A revolução do Big Data

 O Globo

Você vai ao mercado com o objetivo de comprar apenas o que falta para o jantar e, ao passar pelo corredor de produtos de higiene, seu celular o surpreende com uma mensagem. O remetente é a própria varejista, que deseja chamar sua atenção para o desodorante em promoção na prateleira ali do lado.

O SMS não diz, mas a rede sabe que o seu estoque do produto está mesmo no fim e que, há duas semanas, você escreveu no Facebook o quanto gostava da marca.

Se a precisão da mensagem lhe é espantosa, prepare-se: a tecnologia que cruza dados dessa forma já existe, representa um mercado direto estimado em US$ 70 bilhões e está invadindo empresas e governos no Brasil e no mundo — o que deve elevar à enésima potência a possibilidade de ganhos com o uso dessas informações.
A promessa é de revolução em várias áreas da economia e até na ciência — além de uma renovada discussão sobre privacidade.

Trata-se do Big Data, termo de mercado para o conjunto de soluções que analisa informações em variedade, volume e velocidade inéditos até hoje. Ferramentas desse tipo surgiram no fim da década passada, mas este ano o conceito extrapolou de vez os limites da academia e dos setores de TI.

Isso porque o preço para armazenamento de dados está despencando e diversas ferramentas baratas ou gratuitas para lidar com tamanho volume informações estão surgindo.

O uso dessa nova tecnologia tem vasta abrangência. No último Fórum Econômico Mundial, em Davos, foi publicado um estudo mostrando como o Big Data pode ser uma arma contra problemas socioeconômicos.

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