Você vai ao mercado com o objetivo de comprar apenas o que falta para o jantar e, ao passar pelo corredor de produtos de higiene, seu celular o surpreende com uma mensagem. O remetente é a própria varejista, que deseja chamar sua atenção para o desodorante em promoção na prateleira ali do lado.
O SMS não diz, mas a rede sabe que o seu estoque do produto está mesmo no fim
e que, há duas semanas, você escreveu no Facebook o quanto gostava da marca.
Se a precisão da mensagem lhe é espantosa, prepare-se: a tecnologia que cruza
dados dessa forma já existe, representa um mercado direto estimado em US$ 70
bilhões e está invadindo empresas e governos no Brasil e no mundo — o que deve
elevar à enésima potência a possibilidade de ganhos com o uso dessas
informações.
A promessa é de revolução em várias áreas da economia e até na ciência — além
de uma renovada discussão sobre privacidade.
Trata-se do Big Data, termo de mercado para o conjunto de soluções que
analisa informações em variedade, volume e velocidade inéditos até hoje.
Ferramentas desse tipo surgiram no fim da década passada, mas este ano o
conceito extrapolou de vez os limites da academia e dos setores de TI.
Isso porque o preço para armazenamento de dados está despencando e diversas
ferramentas baratas ou gratuitas para lidar com tamanho volume informações estão
surgindo.
O uso dessa nova tecnologia tem vasta abrangência. No último Fórum Econômico
Mundial, em Davos, foi publicado um estudo mostrando como o Big Data pode ser
uma arma contra problemas socioeconômicos.
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