Demóstenes Torres fez fama como perseguidor implacável de criminosos. Era um personagem. De tão bom ator, passou a acreditar na própria farsa
O senador Demóstenes Torres (GO) deixou o DEM nesta terça-feira. Ameaçado por um processo de expulsão, ele fez com que a carta de desfiliação (leia a íntegra abaixo) fosse entregue por sua assessoria por volta das 12h30 desta terça-feira ao presidente da legenda, José Agripino Maia. É o primeiro passo concreto daquilo que deve ser a morte política do parlamentar, atingido por denúncias de ligação com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
A Sua Excelência o Senhor
Senador José Agripino Maia
Presidente Nacional do Democratas
Senhor Presidente,
Sirvo-me do presente para acusar o recebimento do expediente a mim enviado por Vossa Excelência na noite de ontem (02/04/2012), dando-me conta de ter o Democratas decidido em relação a minha conduta que:
"Houve desvio reiterado do Programa Partidário, principalmente no que diz respeito à ética, na medida em que exsurge, do que veiculado, estreita relação de Vossa Excelência com o citado contraventor... É inevitável a instauração do pertinente processo ético disciplinar para o fim de promover a aplicação da sanção prevista no Estatuto, qual seja a expulsão do Partido."
Assim, embora discordando frontalmente da afirmação de que eu tenha me desviado reiteradamente do Programa Partidário, mas diante do pré-julgamento público que o Partido fez, comunico a minha desfiliação do Democratas, nos termos traçados pelo artigo 1º, § 1º, inciso III, última figura da Resolução nº 22.610, de 25 de outubro de 2007.
Atenciosamente,
Senador Demóstenes Torres
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