Na Sexta do Espanto, o presidente da República anunciou ainda que vai demitir o presidente dos Correios, o também general da reserva Juarez Cunha. Segundo Bolsonaro, ele se comportou como "sindicalista", manifestando-se contrário à privatização da estatal. Até aí, vá lá. Mas demissão se pratica, não se anuncia. Pesou, no entanto, menos essa opinião do que uma foto que o presidente da empresa tirou ao lado de parlamentares da oposição. O anúncio se deu no café da manhã com jornalistas — que, ora vejam, deveria servir para combater crises. No mesmo encontro, criticou decisão do Supremo, que optou por aplicar ao crime de homofobia as penas previstas na Lei 7.716, que pune racismo e outras discriminações. E voltou a falar sobre a nomeação de um ministro evangélico — que, então, supõe-se, chegaria ao tribunal com um voto já dado nesse particular. Bolsonaro costuma dizer que foi eleito por milagre. Não! Milagre será se concluir o mandato.
Por Reinaldo Azevedo
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