Esta segunda foi marcada por um misto de estupefação e susto. E até por alguma surpresa. Há quem realmente tenha se surpreendido um tanto com as lambanças explícitas de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e outros — embora essa explicitação se desse em ambientes privados. O que o site "The Intercept Brasil" fez foi trazer à luz as maquinações que estão na raiz de alguns sortilégios que vivemos ainda hoje.
O presidente Jair Bolsonaro, ele próprio, resolveu ser discreto, embora dois porta-vozes tenham se manifestado a respeito. O oficial, Rêgo Barros, afirmou o seguinte:
"Em relação às notícias referentes ao vazamento de informações sobre a Operação Lava Jato, o presidente da República não se pronunciará a respeito do conteúdo de mensagens e aguardará o retorno do ministro Moro para conversar pessoalmente, em princípio, amanhã". Já Fábio Wajgarten, secretário de Comunicação, fez circular as seguintes aspas como sendo de Bolsonaro: "Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro".
Há uma diferença nada ligeira entre "O presidente não se pronunciará e aguardará o retorno do ministro para conversar pessoalmente" e "nós confiamos irrestritamente".
Bolsonaro e Moro se reúnem nesta terça e é certo que o presidente manifestará publicamente apoio a seu ministro da Justiça. Se eu fosse do tipo que dá conselhos, sugeriria que o chefe do Executivo não se aproximasse demais do cais para, se preciso, fazer uma manobra e se distanciar do problema. Parece que a casa de marimbondos, de que se conhecem apenas alguns, é bem maior.
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