Num post cifrado, escrito em idioma muito parecido com o português, o vereador carioca Carlos Bolsonaro insinuou que a "imprensa porca" protege o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, alvo de uma nova delação. E hostiliza seu irmão Flávio Bolsonaro valendo-se de "notícia velha": a quebra dos sigilos bancário e fiscal do Zero Um e seu ex-faz-tudo Fabrício Queiroz.
Embora Carlucho não tenha mencionado nomes, a milícia virtual que o segue nas redes sociais identificou instantaneamente o alvo do vereador: Rodrigo Maia.
Por ironia, foi na "pocilga" da imprensa tradicional que o Zero Dois tomou conhecimento da delação do empresário Henrique Constantino, sócio da companhia aérea Gol. O delator citou vários nomes de supostos beneficiários de propinas, de Michel Temer a Eduardo Cunha. Mas a maioria dos milicianos do Twitter se concentrou em Maia.
Passou a circular na rede a hashtag #GoldoBotafogo, junção da logomarca da empresa do novo delator com o apelido atribuído a Maia nas planilhas da Odebrecht.
Carlucho vem fustigando Maia desde que os partidos do centrão, aliados do presidente da Câmara, uniram-se à oposição para retirar o Coaf das mãos do ministro Sergio Moro (Justiça), devolvendo-o à área econômica.
Ironicamente, conforme já foi comentado aqui, a falsa alegação do senador Flávio Bolsonaro de que o Coaf teria quebrado seu sigilo bancário chega a ser mais ruinosa para o órgão do que a articulação do centrão.
De resto, a família Bolsonaro iguala-se aos arquirrivais do petismo ao reduzir todas as acusações que assediam o Zero Um à categoria de "perseguição política".
Por Josias de Souza
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