sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Número de desempregados subiu 9,3% em 2014, mostra Pnad


Carteira de trabalho

Taxa de desocupação engloba apenas os brasileiros que estão desempregados, porém, em busca de emprego

O número de brasileiros desempregados cresceu 9,3% em 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2013 e 2014, o contingente passou de 6,63 milhões para 7,25 milhões de desocupados, um acréscimo de 617,2 mil.

Já a taxa de desemprego, que foi de 6,5% em 2013, passou a 6,9% no ano passado. Em 2012, o desemprego foi de 6,1% e, em 2011, de 6,7%. O cálculo do número de desempregados considera as pessoas que estão sem trabalho, mas em busca de uma nova colocação.

Diferentemente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que analisa apenas as seis principais regiões metropolitanas do país, a Pnad mostra a desocupação em todo o território nacional. Seus dados saem com defasagem maior que a PME, mas são considerados mais abrangentes.

Do total de desocupados em 2014, a maioria era de mulheres (56,7%), com idade entre 18 e 24 anos (34,3%), negra (60,3%) e sem ensino médio completo (50,1%). O quadro é similar ao registrado de 2013.

Segundo a Pnad, as variações mais significativas foram dos percentuais dos desocupados que não tinham trabalhado anteriormente -- queda de 2,7 pontos percentuais -- e dos jovens de 18 a 24 anos de idade (crescimento de 1,6 ponto percentual). No recorte geográfico, todas as regiões tiveram aumento da desocupação, principalmente o Sudeste, onde a taxa passou de 6,5% em 2013 para 7,3% em 2014.

Ocupados - O número de pessoas que ocupavam uma vaga de trabalho em 2014 totalizou 98,6 milhões em 2014, o que representa um crescimento de 2,9% em relação a 2013. O fato de o indicador ter subido mostra a entrada de mais brasileiros no mercado de trabalho e o aumento do criação de vagas - porém, em quantidade insuficiente para suprir os novos brasileiros em idade ativa.

Ainda entre os que tinham trabalho, o nível de instrução predominante foi o ensino fundamental incompleto ou equivalente (26,4%) e os com ensino médio completo ou equivalente (30,1%). Os ocupados com ensino superior completo registraram participação de 13,9% em 2013 e de 14,3% em 2014.

Já entre os setores econômicos, quase metade dos ocupados (45,2% ou 44,6 milhões dos trabalhadores) atuavam em serviços. Em seguida, o setor que mais empregou foi o comércio, com aproximadamente 17,9 milhões de pessoas (18,2% dos ocupados). Já os trabalhadores das atividades agrícolas somaram 14 milhões de pessoas (14,2% dos ocupados). Nas duas últimas colocações, aparecem a indústria (com 13 milhões de trabalhadores, ou 13,1%) e a construção (9 milhões de trabalhadores ou 9,2%).

Trabalho infantil - Em 2014, havia 3,3 milhões de pessoas com idades entre 5 a 17 anos trabalhando no Brasil - os homens representavam cerca de dois terços desse número. Comparando com 2013, houve um aumento de 4,5% no número de crianças e adolescentes ocupados, ou um contingente de 143,5 mil a mais nesta condição.

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