Dois brasileiros estão entre os feridos nos ataques terroristas da noite desta sexta-feira, 13, em Paris, conforme a notícia antecipada exclusivamente pelo Diário do Poder. A cônsul brasileira em Pairs, embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, confirmou a informação. Eles estão sendo submetidos a cirurgias e o estado de saúde deles não estava claro.
A embaixadora disse que se tratavam de dois estudantes que vivem na França e eles foram identificados, mas ela não poderia informar seus nomes enquanto as famílias não fossem comunicadas.
Onda de atentados
De acordo com a polícia francesa, houve mais dois tiroteiros em outros locais da cidade e são pelo menos 60 mortos. Havia ainda uma situação que resultou em 100 mortes, após centenas de pessoas serem mantidas reféns no casa de espetáculos Le Bataclan. As últimas informações dão conta de que a situação já foi controlada e as vítimas estão sendo encaminhadas para hospitais da região.
Além do tiroteio, uma explosão foi ouvida nas proximidades do Stade de France, palco de um amistoso entre França e Alemanha que contava com a presença do presidente francês, François Hollande. Hollande fez um pronunciamento à TV pouco depois onde confirmou que se trata de um atentado terrorista, embora nenhum grupo tenha assumido a autoria até agora. O total de mortes até as 22h50 da noite desta sexta era estimada em mais de 140.
Relato em primeira mão
A diplomata Maria Edileuza Fontenele Reis relatou clima de tensão. Havia ao menos três estações de metrô fechadas e policiais e agentes de segurança por toda a cidade.
Maria Edileuza disse ter sido surpreendida pelo barulho das sirenes de ambulâncias e viatura da polícia, mas estava em casa quando tudo ocorreu. A diplomata destacou o fato de o país estar se preparando para receber a conferência mundial do clima e mais de 100 chefes de Estado e de governo em alguns dias. "A situação me parece muito grave."
A embaixadora, que está há um ano em Paris, não estava na França durante os ataques ao semanário satírico Charlie Hebdo em janeiro. Mas quando retornou de uma viagem ao Brasil, notou que tudo havia mudado, com policiais armados vistos em todos os lugares. "Agora, vai ficar pior." Com informações da Agência Estado.
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