Ex-vereador petista da cidade de Americana, no interior de São Paulo, Alexandre Romano empurrou o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-SP) para dentro do escândalo da Lava Jato. Acusa-o de ser o proprietário oculto de um apartamento em Miami, nos EUA, comprado com verbas de corrupção. Coisa de US$ 671 mil —o equivalente a R$ 2,5 milhões.
O caso foi relatado pelo repórter Rodrigo Rangel na edição mais recente da revistaVeja. Conhecido como Chambinho, o ex-vereador foi preso sob a acusação de gerenciar a distribuição de propinas de R$ 50 milhões obtidas por meio de contrato da empresa de informática Consist com o Ministério do Planejamento. O personagem negocia um acordo de delação premiada.
Ao depor sobre os segredos de que tem conhecimento, Chambinho relatou aos investigadores o enredo secreto do apartarmento. Deu-se em agosto passado. A polícia já havia apreendido cópia da escritura do imóvel. Em seu depoimento, o ex-vereador petista declarou que, embora esteja registrado em nome de uma empresa que ele abriu na Flórida, o apartamento pertence mesmo a Marco Maia.
O deputado nega. Reconhece que passou férias no apartamento de Miami. Mas diz que foi a convite de Chambinho, “uma única vez”, por apenas dez dias. O imóvel mede l64 m². Fica num condomínio situado a poucos metros da praia. Está equipado com uma marina e um spa.
Por decisão do STF, o caso da contratação da Consist pelo Ministério do Planejamento foi desmembrado da Lava Jato. Saiu das mãos do juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e foi remetido à Justiça Federal de São Paulo. A parte que envolve políticos com mandato ficará sob a responsabilidade do Supremo. Além do deputado Marco Maia, frequenta o inquérito na condição de beneficiária de propinas a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ela também nega.
Um comentário:
Os politicos realmente acham que nós brasileiros somos todos um grupo de idiotas, pois negam na cara dura aquilo que é inegável. Muito simples, peçamos então que o ex vereador Romano-Chambinho, em nome de quem está o apartamento, que ele o entregue ao país (que depois certamente será roubado por outro político), mas pelo menos encurta o diz-que-diz. Sem que isto interrompa o procedimento para verificar a roubalheira que esse marcos Maia perpetrou aos cofres públicos.
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