quinta-feira, 5 de novembro de 2015

INVESTIGADO PELA PF, FILHO DE LULA ESCOLHEU DEPOR EM BRASÍLIA


LUIZ CLÁUDIO DIZ QUE 'PRESTOU SERVIÇOS' AO LOBISTA
 QUE LHE FEZ PAGAMENTOS MILIONÁRIOS
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Filho do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva escolheu prestar depoimento nesta quarta-feira (4) à Polícia Federal em Brasília e não em São Paulo, para onde estava intimado a comparecer nesta quinta-feira (5). A escolha do local, da cidade, da data e do horário de depoimento deve fazer parte das prerrogativas não escritas pela família do ex-presidente.

Luiz Cláudio era apenas auxiliar de preparação física do time do Corinthians, em São Paulo, em 2011, quando começou a receber pagamentos milionários da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos, pertencente ao lobista Mauro Marcondes Machado, investigado por haver comprado, na mesma época, a medida provisória no 471, que beneficiou fabricantes de automóveis.

Três empresas de Luís Cláudio foram alvo de ações de busca e apreensão no âmbito da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Segundo o advogado do filho de Lula, Cristiano Zanin Martins, Luis Cláudio repetiu o que tem dito desde a busca e apreensão de que foi alvo, ou seja, que recebeu dinheiro do lobista a titulo de prestação de serviços, sem especificá-los. À PF, Luís Claudio disse que sua empresa LFT “prestou serviços” à Marcondes e Mautoni nos anos de 2014 e 2015 e, por este motivo, recebeu os valores que foram contratados. As apurações da Operação Zelotes apontam que, em 2014, a LFT recebeu R$ 1,5 milhão da empresa de Marcondes.
A PF não informou o conteúdo das declarações. Ele foi ouvido pelo delegado que chefia a investigação da Operação Zelotes, Marlon Oliveira Cajado.

O Ministério Público Federal considera que as três empresas de Luís Cláudio "representam uma única entidade". "Trata-se de uma unidade empresarial tanto física quanto societária nucleada em Luís Cláudio Lula da Silva", diz o texto da decisão da juíza federal Célia Regina Orly Bernardes, que aceitou os argumentos do MP e permitiu as buscas.

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