quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mulher de líder opositor venezuelano denuncia tentativa de homicídio


Tintori no ato de Guárico
Lilian Tintori no comício de Guárico, na Venezuela

Lilian Tintori, esposa do líder opositor venezuelano Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão, denunciou nesta quinta-feira que tentaram matá-la no comício de campanha realizado ontem, em que um dirigente local da oposição foi assassinado. "Querem me matar", afirmou Tintori em entrevista coletiva. Ela responsabilizou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo "atentado" da quarta-feira na cidade de Altagracia de Orituco, no estado de Guárico.

Luis Manuel Díaz, líder local do partido Ação Democrática (AD), foi baleado e morto no comício da campanha para as eleições de 6 de dezembro em Altagracia de Orituco no momento em que Lilian se despedia dele, explicou a esposa de López. Ela relatou que estava pedindo à cantora venezuelana Rummy Oliveira que cantasse uma música para encerrar o comício quando se escutaram os disparos, que Tintori disse que foram "muito perto" dela e dos quais viu "as faíscas".

Lilian contou ter escutado pelo menos dez disparos no momento em que se encontrava a "uns dois metros" do opositor que foi morto, quando estava se despedindo dos presentes. "Conferi meu corpo porque senti que tinham me acertado, querem me matar", declarou Tintori.

Incêndio em avião - Antes do comício, a comitiva chegou à região procedentes do estado de Nueva Esparta em dois aviões. Uma das aeronave teve um problema mecânico ao aterrisar e se incendiou. Segundo Lilian, alguém "tirou os freios do pequeno avião", e, por isso, ela considera ter sofrido nesta quarta-feira "uma dupla tentativa de atentado" e anunciou que irá com seus advogados à procuradoria para denunciar os incidentes.

O Ministério Público (MP) venezuelano confirmou hoje, antes das declarações de Lilian, a abertura de uma investigação da morte de Díaz.

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