Confirmando as suspeitas que vieram à luz no final de semana, o advogado de Henrique Pizzolato, Marthius Sávio Lobato, confirmou que seu cliente viajou para o estrangeiro. Encontra-se na Europa desde o final de julho.
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, o petista Pizzolato colecionou no julgamento do mensalão três condenações: corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Alcançado pelo repórter Matheus Leitão, o defensor disse que o condenado não cogita fugir do encontro com sua pena.
O doutor esclarece que Pizzolato tomou o avião antes do início do julgamento do STF. Foi resolver “problemas familiares”. Não deu publicidade à viagem para “não expor mais sua família por contra do processo.” Regressará ao Brasil antes do próximo final de semana.
Melhor assim. O castigo de Pizzolato só será fixado pelo Supremo ao término do julgamento. Porém, Cezar Peluso já deu ideia do que pode suceder. Como votou antes de vestir o pajama da aposentadoria compulsória, Peluso teve de incluir em seu voto a fixação da pena do ex-diretor do BB: 12 anos de cana.
Se o voto de Peluso for acompanhado pelos colegas, o retorrno de Pizzolato pouparia as autoridades brasileiras de acionar a Interpol e de requerer um pedido de extradição do condenado.
Josias de Souza
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