A Polícia Civil investiga o roubo de 60 cabeças de gado em duas propriedades rurais de Caçapava, no interior de São Paulo. Os crimes ocorreram na última semana. Um dos casos ocorreu em uma fazenda no bairro Guaçaí. Um casal que mantinha 80 animais há 30 anos percebeu o roubo quando chegava ao sítio.
“Por volta das 5h30, é o horário que a gente chegava para tirar a pouca produção de leite, a gente deparou com as porteiras abertas, o gado não estava no curral, faltando as vacas de leite. É um local deserto, não temos segurança e é só nos dois que trabalhamos juntos”, contou a pecuarista Luciana Alves Vilela, casada com Luiz Carlos Vilela.
Para roubar os animais da propriedade, os bandidos levaram o gado por mais de 700 metros até uma plantação de eucaliptos. Em seguida, um caminhão fugiu com a carga. Os 60 que sobraram, o casal levou para outra fazenda, em Lagoinha, também na região do Vale do Paraíba.
No outro roubo, que aconteceu há uma semana, os criminosos usaram a estrutura das próprias vítimas para levar os animais. Eles chegaram à propriedade com um caminhão pelo acesso principal, pararam o veículo e usaram uma rampa que existe no local para carregar o caminhão. Foram levadas 40 cabeças de gado. “Parecia que era dono, porque entraram pela frente do caminhão, usaram o embarcador, o curral. Um amigo meu passou, viu o caminhão e achou que fossemos nós que estivéssemos mexendo com o gado, mas não era a gente”, contou Tales Roberto Garcia, dono da propriedade.
Ainda sobraram 60, mas Garcia está com medo de novos roubos. Por isso, ele colocou os animais em uma área mais distante. “Desanimei de mexer com isso, porque a gente vai comprando devagarzinho e vêm e levam tudo. Vou até ver para vender tudo isso aí”, disse.
A polícia diz que investiga os dois casos e suspeita que esses animais foram vendidos para açougues da Grande São Paulo. “Nós trabalhamos com a possibilidade de ser uma quadrilha que está agindo na região. Caçapava, São José e até mesmo Taubaté, mas não estamos descartando também a possibilidade de ser pessoas do bairro praticando o crime em razão da facilidade de acesso à propriedade, porque a noite ela fica abandonada”, revelou o delegado Cléber de Oliveira.
O delegado disse ainda que a idade do animal pode dificultar as investigações. “Dependendo da idade do animal, ele pode ter sido transportado para outra região, se for um animal precoce, para engorda. Se for já um animal adulto, ele vai para o abate. Aí, é mais difícil o esclarecimento do crime”.
Vnews
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