A poucos dias de completar dez anos do crime que abalou o país, Suzane von Richthofen, que matou seus próprios pais, ainda briga na Justiça com seu irmão Andréas por metade da herança.
O valor dos bens da família giram em torno de R$ 11 milhões e incluem uma casa, avaliada em R$ 2 milhões, quatro carros, uma moto, cinco contas bancárias, participação em duas empresas e outros nove imóveis. Além disso, a Justiça tem sob cuidados um cofre com o conteúdo lacrado.
Andréas tem, por lei, direito imediato à metade da herança, mas o problema está na divisão de bens como imóveis e na dúvida sobre a outra metade. O presidente da Comissão de Direito de Família da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Nelson Shikicina, diz que um filho que mata os pais pode perder o direito sobre a herança, desde que seja condenado em uma ação específica de indignidade. Suzane já foi condenada em primeira instância, mas recorreu da decisão e briga pela outra metade do patrimônio.
Relembre o crime
Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, os pais de Suzane, Manfred e Marísia von Richthofen dormiam em seu quarto quando foram atacados a golpes de barra de ferro pelos irmãos Cravinhos, Cristian e Daniel, o último namorado de Suzane na época do crime.
Eles foram autorizados a entrar na casa pela própria filha do casal que no momento da ação ficou no andar de baixo da casa, revirando o escritório na tentativa de simular um assalto na residência. Antes de irem embora, o trio ainda levou cerca de US$ 5 mil e R$ 8 mil.
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