segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Com discurso diferente do usado em SP, Lula ataca o ‘novo’ em Diadema




Para cada ocasião, um discurso. Em contraponto a São Paulo, onde tem defendido a novidade personalizada por seu candidato, Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou o novo neste domingo, durante carreata em Diadema, município vizinho à capital paulista, onde o atual prefeito, Mário Reali, do PT, disputa a reeleição.

Se no sábado, o líder do PT pregou a renovação em comício de Haddad, no domingo ele pediu para os eleitores de Diadema “não trocarem o certo pelo duvidoso”. No município do Grande ABC, Mário Reali disputa a reeleição contra o vereador do PV Lauro Michels, que tem o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.


A diferença nos discursos levou o ex-presidente petista a até mesmo se atrapalhar nas palavras durante o ato político de ontem:

— A eleição é uma coisa muito séria, não vamos permitir que velhos sentimentos possam mudar a cabeça do eleitor. Trocar o novo pelo duvidoso....ou trocar o duvidoso pelo...trocar o certo pelo duvidoso já aconteceu neste país —afirmou.

Em discurso, o ex-presidente petista criticou o fato de o candidato do PV não ter experiência administrativa e pediu para que o município “não entre em uma aventura”. Em São Paulo, por sua vez, o PT tem rejeitado as críticas do PSDB de que Fernando Haddad é inexperiente e ainda reforça o fator “novidade” de sua primeira disputa eleitoral.

Como no sábado, o ex-presidente petista comparou o candidato de oposição ao PT ao ex-presidente Fernando Collor. Mas em cada ocasião, por um motivo diferente. Em relação a José Serra, pelo fato de não ter concluído o mandato. E em relação a Lauro Michels, por adotar o discurso da renovação.

— Em 1989, o nosso país teve uma eleição presidencial. E se estabeleceu neste país a idéia de que havia um candidato novo. E o povo votou no tal do novo para dirigir o país. O novo era o (Fernando) Collor e vocês sabem o que aconteceu. Agora, estamos vendo em Diadema a mesma fantasia e o mesmo discurso — criticou o líder do PT.

O ato político reuniu os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o presidente do PT em São Paulo, Edinho Silva, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, entre outros.

Além do candidato do PV, o PSDB também foi alvo da munição dos petistas, que o associaram às privatizações na gestão federal e à cobrança de pedágios em São Paulo. O governador Geraldo Alckmin, que fez caminhada em Diadema no sábado, também foi criticado.

— Os tucanos são bons de bico. Há governadores que só aparecem em Diadema em época de eleição — afirmou o ministro Aloizio Mercadante.

Hoje, o ex-presidente petista participará de eventos de campanha em Jundiaí e Osasco, ambas em São Paulo. Na última semana do segundo turno, fará peregrinação por Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Salvador (BA) e Taubaté (SP).

Nenhum comentário: