O governo prepara ainda para este ano, um pacote do que eles chamam ser políticas afirmativas, estabelecendo reserva de cotas para negros em repartições públicas e atingirá tanto os cargos comissionados quanto os concursados. Ou seja, esqueça aquela coisa de capacidade, de conhecimento ou preparo nos concursos públicos. O negócio agora será pela cor da pele.
Vamos fazer um exercício baseados em informações que o próprio governo nos passa: teoricamente o negro tem menos chances de entrar em universidades porque vem de escolas públicas deficitárias, porque não possui poder aquisitivo para estudar em escolas particulares. Disse teoricamente porque com a mudança promovida pelo governo na metodologia que mensura classe social, a maioria dos negros do Brasil pertencem à classe média, que segundo estudo do governo, é aquela que tem renda para manter seus filhos em escolas privadas.
Ok. Desprezando essa profunda mudança ocorrida com a alteração da metodologia que mensura classe social, o governo estabelece que 50% das vagas nas universidades terão que ser reservadas para os negros e os oriundos de escolas públicas, pois, de acordo com o governo, esses alunos não possuem condições de entrar nas universidades por conta própria. Precisam ser tutelados.
Ok. Enquanto isso, esse mesmo governo que diz que os negros precisam de tutela para entrar nas universidades por terem estudado em escolas públicas deficitárias, não faz nada para melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas, pelo contrário, afinal, o ápice, o objetivo final da educação média e fundamental, está sendo atingido, os estudantes estão saindo das escolas públicas para entrar nas universidades.
Ok. Quatro ou cinco anos depois, esses negros que estudaram em escolas públicas deficitárias, que entraram na universidade através de reserva de cotas, saem sem preparo suficiente para a inserção no mercado de trabalho.
O que o governo faz? Estabelece cotas para que esse cidadão entre no serviço público através de reserva de cotas. O governo então passa a seguinte mensagem: independente de pertencer à classe média, o negro que não teve uma educação satisfatória pode ir trabalhar no serviço público, afinal no serviço público não é preciso ter competência, preparo ou qualificação para desempenho profissional. Basta ser negro. Esse tutelado pelo governo poderá inclusive, se transformar em professor de novos futuros tutelados e perpetuar assim o ciclo de ineficiência e subeducação.
Por outro lado aquele exército de tutelados pelo governo que entrou nas universidades através de cotas, agora inserido no serviço público, possui um potencial enorme para integrar o exército de agradecidos ao partido do governo. O novo Príncipe.
E assim, com a desculpa de pagar uma dívida histórica, o Brasil vai criando dois países: um negro e outro branco. Não duvido que lá na frente ainda surja a idéia de decretar moratória para os brancos, estabelecendo que por duas ou três gerações os brancos ficarão impedidos de entrarem nas universidades. Assim o governo, através das cotas e da moratória, talvez consiga conquistar seu objetivo: castigar o branco, independente de sua classe social, para pagar a dívida histórica.
Decididamente o governo brasileiro não trabalha para minimizar desigualdades, mas para criá-las e acentuá-las.
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