Há cinco dias, num comício em São Paulo, Lula disse a Fernando Haddad que deveria deixar “sem nada” os aliados que reivindicam cargos antes do pronunciamento das urnas. O lero-lero não deteve o apetite. Ao contrário. Elevaram-se os rumores e as ameaças de tremores. Sem rubores.
Nos subterrâneos, um expoente do PP de São Paulo avisa: Paulo Maluf também espera que seu apoio seja retribuído. Justifica-se assim: se a campanha estivesse no buraco, o PT culparia o Maluf. Como as coisas vão bem, todo mundo esquece que o apoio dele foi dado quando Haddad media 3% nas pesquisas.
O porta-voz dos anseios de Maluf inspira-se numa máxima do poder contemporâneo: quando todo mundo pede, você precisa dizer que também quer. É melhor passar por fisiológico do que ser imbecil. Como se vê, o novo que Haddad diz representar já vem enferrujado.
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