Leandro Modé, Estadão.com.br
A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, tem rechaçado a
possibilidade de um reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil. Mas, para
analistas, o governo dificilmente conseguirá evitar uma alta em 2012. Por isso,
muitos já fazem as contas para calcular o efeito do provável aumento nos índices
de inflação.
"Nosso cenário inclui um reajuste em meados de maio. A defasagem entre os
preços dos combustíveis aqui dentro e do petróleo no mercado internacional é
insustentável", afirmou Thiago Curado, analista da Tendências Consultoria
Integrada.
As planilhas do economista embutem um reajuste de 10% nos preços da gasolina
e do óleo diesel. Isso significa um impacto de 0,40 ponto porcentual no IPCA, o
índice oficial de inflação do País. Por isso, a Tendências estima um IPCA de
5,5% para este ano, novamente acima da meta de 4,5% definida pelo governo.
É um cenário distinto do elaborado pelo Banco Central (BC). Na ata da mais
recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores da
instituição informam que trabalham com reajuste zero para os preços da gasolina
e do gás de bujão para o acumulado de 2012. Ou seja, se o aumento dos preços for
mesmo inevitável, o BC terá de refazer suas previsões inflacionárias.
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