O Globo
Na véspera da chegada do Papa Bento XVI (foto acima) a Cuba, hoje,
dissidentes denunciaram que estão sendo impedidos de se dirigir a Santiago de
Cuba, onde ele rezará uma missa.
A denúncia ocorre no rastro de fortes expectativas em torno de possíveis
pronunciamentos do Pontífice sobre direitos humanos na ilha, além de uma nova
controvérsia deflagrada por rumores de que ele poderá se encontrar com o
presidente venezuelano, Hugo Chávez, sem que o Vaticano tenha ainda se
pronunciado sobre o pedido do grupo Damas de Branco para uma audiência.
Até agora é certo apenas o encontro de Bento XVI com o presidente Raúl
Castro, mas se especula que o Pontífice poderá encontra-se também com o
ex-presidente Fidel Castro.
O alerta sobre as medidas tomadas pelo governo para evitar a chegada de
dissidentes a Santiago de Cuba foi feito pela blogueira Yoani Sánchez. Em seu
perfil, ela disse que um jornalista, dois ativistas e várias integrantes do
Damas de Branco foram presos para evitar que vissem o Papa na cidade do oeste da
ilha.
"Está acontecendo uma ‘limpeza ideológica’ para impedir que ativistas e
dissidentes assistam às missas" do Papa em Cuba, escreveu Yoani. Ela advertiu
também que o acesso à internet está sendo cancelado em vários lugares, devido à
visita papal. "Já está escrito o roteiro oficial da visita do Papa a Cuba e o
pior é que pretende deixar de fora as vozes críticas", disse ela.
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