O principal adversário do tucano José Serra na eleição para a Prefeitura de São Paulo não é o candidato do PT, do PMDB ou de outro partido qualquer. Seu principal oponente é a cobertura política de boa parte da imprensa paulistana. O viés de certo jornalismo que se quer isento já ultrapassa a fronteira do ridículo. Nas prévias realizadas ontem, Serra obteve 52,1% dos votos — José Aníbal ficou com 31,2%, e Ricardo Trípoli, com 16,7%. Bastaria 33% mais um, certo? Ele superou, no entanto, a soma dos outros dois. Leiam jornais de São Paulo, e vocês ficarão com a impressão de que Serra foi derrotado. E tal perspectiva, claro!, é atribuída a seus próprios “assessores”, que estariam esperando mais… A sorte de Serra é que existem os eleitores!
Cada um escreva o que bem entender. Faço o mesmo. Eu estou aqui apontando a existência de uma pauta direcionada, fanaticamente anti-Serra, que preserva os demais candidatos de qualquer abordagem crítica, que consegue transformar a vitória nas prévias eleitorais numa espécie de derrota. Afinal, disputando com dois outros, ele obteve “apenas” 52,1% dos votos. Sabem como é… 47,9% não votaram nele, assim como 55,1% dos brasileiros NÃO VOTARAM EM DILMA!
Gilberto Dimenstein tinha todo o direito de tentar eleger Aloizio Mercadante, seu ex-cunhado, tio de seus filhos, em 2006. Aquela pequena ceninha que ele armou não precisava, no entanto, ter virado categoria de pensamento. Chegou a hora de a imprensa paulistana se ocupar dos problemas da cidade. Serra já teve os direitos políticos cassados em 1964. Nao será a democracia a cassá-los de novo!
Por Rerinaldo Azevedo
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