Ricardo Teixeira bem que tentou, ao renunciar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol, afastar-se das páginas de jornal que quase diariamente denunciavam corrupções que o envolviam. Mesmo longe do cargo, entretanto, é o protagonista de uma nova investigação do Ministério Público Federal que apura qual foi a sua influência no processo de construção do Itaquerão, estádio na zona leste de São Paulo que vai receber a abertura da Copa do Mundo de 2014.
Segundo o MPF, o cartola teria exigido da Prefeitura e do Governo de São Paulo o uso de dinheiro público para a construção. Embora a escolha do Corinthians como dono do estádio para a Copa do Mundo seja questionada nos mais diversos âmbitos, foi esta a primeira vez que o nome de Teixeira foi ligado ao caso, em reportagem de Vinícius Segalla, do UOL.
Para a construção da arena, que está sob a batuta da Odebrecht, foram concedidos pelo Governo estadual cerca de R$ 420 milhões em incentivos fiscais. Já a Prefeitura é a responsável pela arquibancada móvel que vai acoplar à capacidade do Itaquerão novos 22 mil lugares.
As polêmicas que envolvem a sede da abertura da Copa do Mundo se arrastam desde o veto que impediu que São Paulo recebesse a partida inaugural no Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube. Por falta de condições técnicas necessárias, alegaram os responsáveis, foi ordenada a construção deste novo estádio, que desde então é alvo de denúncias devido ao uso do dinheiro público para uma obra que beneficiará uma entidade privada.
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