A senadora Marta Suplicy rompeu o silêncio ontem ao publicar em sua página no Twitter uma série de reclamações sobre a pressão do PT para ela apoiar a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo. Ela afirmou que "não se turbina uma candidatura com desespero, pressões e constrangimento". E também rebateu "a tese de que qualquer candidato do PT tem assegurado 30% do eleitorado não é totalmente verdadeira". O argumento foi usado pelos aliados do ex-presidente Lula para bancar a escolha de Haddad, que ainda não conseguiu ultrapassar os 3% de intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha.
Agora, a petista que teve sua intenção de se candidatar em São Paulo preterida em favor de Haddad, disparou críticas ao ex-ministro na mídia. "Haddad tem que gastar sola de sapato", disse a senadora ao Estado. "Além disso, as alianças farão diferença. O restante é conhecer os problemas da cidade e conquistar a militância. Ninguém pode substituir e nem fazer isso pelo candidato."
A rejeição de Marta ao pedido de Lula e de dirigentes do PT para ajudar Haddad decolar em São Paulo agravou a crise interna no partido. Parte dele ainda entoa o coro "Volta, Marta" e não pretende se mexer em favor do pupilo de Lula. A falta de união interna acentua ainda mais a dificuldade em convencer o apoio de partidos aliados.
Enquanto Haddad é metralhado por Marta, em entrevista à rádio Capital, ele procurou afagar a ex-prefeita e disse que os paulistanos "têm saudade do seu governo". "Tenho por ela o maior respeito. Uma grande prefeita. Muita gente de SP tem saudade da maneira como ela governava", afirmou. O pré-candidato disse ainda que Marta está exercendo seu mandato de senadora "com muito brilho".
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