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Os pagamentos milionários a magistrados estaduais de São Paulo se reproduzem
no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A folha de subsídios do TJ-RJ mostra
que desembargadores e juízes, mesmo aqueles que acabaram de ingressar na
carreira, chegam a ganhar mensalmente de R$ 40 mil a R$ 150 mil.
A remuneração de R$ 24.117,62 é hipertrofiada por “vantagens eventuais”.
Alguns desembargadores receberam, ao longo de apenas um ano, R$ 400 mil, cada,
somente em penduricalhos.
A folha de pagamentos, que o próprio TJ divulgou em obediência à Resolução
102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – norma que impõe transparência aos
tribunais –, revela que em dezembro de 2010 o mais abastado dos desembargadores
recebeu R$ 511.739,23.
Outro magistrado recebeu naquele mês depósitos em sua conta que somaram R$
462 mil, além do salário. Um terceiro desembargador recebeu R$ 349 mil. No
total, 72 desembargadores receberam mais de R$ 100 mil, sendo que 6 tiveram
rendimentos superiores a R$ 200 mil.
Os supercontracheques da toga fluminense, ao contrário do que ocorre no
Tribunal de Justiça de São Paulo, não são incomuns. Os dados mais recentes
publicados pela corte do Rio, referentes a novembro de 2011, mostram que 107 dos
178 desembargadores receberam valores que superam com folga a casa dos R$ 50
mil. Desses, quatro ganharam mais de R$ 100 mil cada – um recebeu R$
152.972,29.
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