O Globo
Órgãos vitais para a prevenção e o socorro a vítimas de catástrofes
climáticas, as coordenadorias municipais de defesa civil existem, muitas vezes,
apenas no papel e servem como instrumento para garantir verbas para socorro e
reconstrução de áreas atingidas pelos desastres.
A constatação parte da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), que
também reconhece o uso político da área por governos municipais. A falta de
integração entre os órgãos e a estrutura ineficiente das coordenadorias
municipais são tão grandes que a própria Sedec desconhece o total de unidades em
operação.
Estima-se que apenas metade dos 5.566 municípios brasileiros tenha uma
estrutura de defesa civil montada. Até o início do ano passado, só 500
coordenadorias municipais faziam parte do Sistema Nacional de Defesa Civil.
Outras 900 estavam em fase de negociação. A Sedec estima que o ano passado
tenha terminado com um total de 1.500 cidades integradas ao sistema.
A secretaria culpa os municípios pela falta de dados e de integração entre os
órgãos: "Na maioria dos municípios a estrutura de defesa civil municipal é
criada somente no papel para garantir as benesses da legislação no momento do
desastre", afirma a Sedec em nota.
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