O Globo
Por trás do recorde de contratações feitas por programas oficiais de
habitação popular nos últimos anos há também um expressivo número de obras
paralisadas, atrasadas ou que simplesmente não foram iniciadas.
De cada dez contratos firmados na área da habitação pela Secretaria Nacional
de Habitação (SNH) do Ministério das Cidades, envolvendo o repasse de recursos
da União para Estados e municípios, pelo menos sete não saíram do papel.
É o que aponta auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) nos
contratos assinados entre 2004 e abril de 2011.
Segundo o levantamento da CGU, até abril do ano passado existiam 4.243
contratos na carteira da SNH, o que corresponde a R$ 12,5 bilhões em
investimentos. Deste total, 74% estão apenas na promessa, sendo que uma parcela
considerável se refere a contratos antigos.
"Esse fato implica na inexecução das ações do governo e nas sucessivas
prorrogações de restos a pagar", destaca o relatório.
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