O 'exército do
Pinheirinho' ganhou o reforço de estrategistas do MST (Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra) na guerra contra a reintegração da área. Eles irão
liderar um 'exército inexperiente' de cerca de 500 homens recrutados para o
confronto.
O reforço chegou após
o anúncio da reintegração de posse da área determinada pela Justiça. Na última
quarta-feira, um oficial de Justiça fez a leitura da notificação, escoltado por
policiais.
Desde então, os
sem-teto passaram a restringir o acesso ao acampamento e isolaram uma área que
passou a servir como 'quartel-general' para a realização de reuniões e
treinamentos. Ninguém está autorizado a entrar no local.
E como estratégia da
resistência, eles também estão estocando alimentos e água.
No acampamento é
constante a chegada de mantimentos e carregamentos de combustível, além de
equipamentos que serão utilizados na resistência como máscaras, joelheiras,
cotoveleiras e coturnos com bico de ferro.
Treinamento
Diariamente, os ‘soldados’ do Pinheirinho passam por treinamento de guerrilha
com noções de defesa e ataque. Mas o local é mantido sob sigilo absoluto. Já, as
mulheres se dedicam a cortar e costurar escudos. Algumas afirmam que também irão
enfrentar a luta armada.
Segurança O
entorno do acampamento foi cercado com lanças de bambus e o único portão de
acesso ao local é mantido trancado 24 horas. Dez homens controlam a entrada e
saída de moradores. Atualmente, cerca de 5.500 pessoas vivem no
Pinheirinho.
Todos os acessos às
ruas do acampamento foram bloqueados com trincheiras construídas com chapas de
madeira, telhas, pneus e tambores.
E para dificultar ainda mais a ação da
Polícia Militar, algumas vias internas foram fechadas com sofás e cadeiras. A
entrada em cada um dos setores tem que ser autorizada.
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